|
Foto: Jornal Mensageiro |
O desenvolvimento de Medianeira há muito deixou de ser observado apenas em dados estatísticos. A recente expansão imobiliária, com significativo aumento da mancha urbana, é prova cristalina de que estamos em meio a um
boom populacional. Como consequência, a necessidade de novos investimentos em infra-estrutura urbana cresce exponencialmente.
Quando tais investimentos tardam a acontecer, o Poder Público perde o
timing ideal para harmonizar seus investimentos com a demanda por obras públicas, o que resulta em uma urbanização desorganizada. E é justamente este o atual diagnóstico de nossa cidade. Apenas para citar alguns exemplos, temos visto surgir favelas onde inexistiam casas, a coleta de esgoto doméstico abrange uma parcela insignificante da população e o trânsito, objeto central deste artigo, resume-se a uma situação caótica.
Para constatar que algo de muito errado está acontecendo, não é necessário ser um expert em tráfego urbano, basta observar por alguns minutos a movimentação de carros na esquina do Paço Municipal/Aristides Calçados, ou então, no viaduto que liga o centro com o Bairro Condá, ou, ainda, a própria Av. Brasília nos horários de pico.
Não é por acaso que muito se ouve por aí que "quem dirige em Medianeira, dirige em qualquer outro lugar!" afinal, conduzir um veículo por nossas ruas é um exercício de direção defensiva a todo o momento, haja vista que, além da confusão causada pelas tais avenidas "diagonais", o desrespeito e a falta de fiscalização criou um verdadeiro "vale-tudo" urbano, com destaque para os motociclistas que, em grande parcela sequer habilitação possuem e, aqueles que portam uma CNH demonstram não ter aprendido nas aulas preparatórias que a ultrapassagem somente é permitida pela esquerda.
Se considerarmos que Medianeira ainda é uma cidade de pequeno porte, perceberemos que o seu trânsito é mais complicado do que muita cidade com mais de 100 mil habitantes. Urge, portanto, um sério planejamento urbano, com o devido acompanhamento de um engenheiro de tráfego, a fim de que sejam instalados dispositivos que auxiliem na organização do trânsito. Além disso, passou da hora de termos uma fiscalização efetiva a fim de educar os motoristas - que também são responsáveis pela atual desordem.