terça-feira, 12 de julho de 2011

Cenário político fervilhando!

Basta darmos uma escapadinha daqui para as coisas em Medianeira virarem uma verdadeira balbúrdia. Até mesmo quem costuma acompanhar apenas de relance a política municipal acabou tomando conhecimento dos últimos fatos.

O vídeo postado no YouTube, assistido por mais de 4 mil pessoas, resume a última cena do nosso circo político:


O pior de tudo é que uma associação do município - a ACIME - tomou as dores da população e fez um ato louvável de protesto e repúdio ao ato dos digníssimos vereadores que, ao que tudo indica, não percebem a situação de calamidade em que se encontra o poder público municipal, se permitiram um reajuste na remuneração em percentual exorbitante (cerca de 40%), que chega a ser uma ofensa ao trabalhador assalariado que no último reajuste, teve acrescido um percentual menor que 7% em seu salário mínimo.

A democracia implica na liberdade de protesto dos representados contra os atos de seus representantes.

Como resultado, o nobre presidente da Câmara fez os presentes se absterem de protestar contra o voto dos vereadores, porque aquela casa é uma democracia. Ora, a democracia implica justamente na liberdade de protesto dos representados contra o ato de seus representantes!

Mas a pior reação surgiu após a afamada sessão e quando a indignação pública tomou grandes proporções. Os ilustres representantes do povo medianeirense planejaram uma retaliação contra a dita associação e tramaram a suspensão do título de utilidade pública concedido ao Observatório Social - entidade que surgiu com o apoio da ACIME e promete fiscalizar de perto a atuação dos Poderes municipais.
Chegamos definitivamente ao fundo do poço. O número de visitantes deste blog (já passamos dos 2 mil), o teor dos comentários que nos são enviados, e o número de visualizações do vídeo acima postado comprovam que grande parcela da população está insatisfeita. Contudo, ainda me pergunto o que mais é preciso acontecer para que o povo vá para as ruas (esburacadas), proteste em frente à Câmara, ao Fórum ou seja lá onde for preciso para que os representantes abram espaço para outros com mais identidade com os anseios da população, ou entendam de uma vez por todas que estão lá para nos representar, e não agir contra nós?