sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Calçadão em obras.

O calçadão da Avenida Brasília é reconhecido pela população como ícone identificador de Medianeira, sendo que o complexo arquitetônico atualmente formado pela Igreja Matriz, Praça Ângelo Darolt e Avenida Brasília são algumas das poucas obras capazes de distinguir nossa cidade de outra qualquer. Construído durante a primeira gestão do prefeito Elias Carrer, o projeto inicial baseou-se em uma avenida estreita, com uma fileira central de palmeiras imperiais, e passeios para pedestres utilizando petit pavet, a tão famosa calçada de pedrinhas pretas e brancas, muito utilizadas em metrópoles como Curitiba, as quais requerem cuidados específicos e regulares.

Com o passar dos anos, como é de conhecimento de todos, as tais pedrinhas foram se soltando uma das outras e grandes crateras se formaram no tão famoso calçadão. Passados muitos anos de emendas desesperadas e ineficazes, eis que a Administração Pública, novamente sob a gestão de Elias Carrer, dá um passo positivo rumo à modernização do calçadão de Medianeira.


Há que se destacar que o projeto em si, é fantástico: harmoniza a avenida com o novo estilo arquitetônico da praça, deu fim às reclamações quanto a ausência de estacionamento no primeiro trecho do calçadão, removeu as árvores que, segundo os comerciantes, tampavam a fachada do comércio e favorecia a ação dos inúmeros pombos, criou uma nova concepção de acessibilidade, criando elevações no asfalto a fim de criar trechos sem obstáculos para cadeirantes e, por fim, reformou a malha asfáltica cuja vida útil já extrapolara há muito tempo.


Entretanto, todos esses pontos positivos podem acabar ficando em segundo plano, tudo pelo fato de se tratar de uma obra pública e, como tal, apresentar os velhos problemas tão conhecidos pelos brasileiros: mal se inaugura uma obra, os defeitos começam a aparecer. Ao caminhar pela nova calçada, é perceptível que inúmeras "lajotas" já estão soltas ou quebradas devido ao assentamento incorreto das mesmas, tendo sido deixados espaços sem preenchimento de cimento. Além disso, podemos estar enganados, mas não existem locais propícios para o plantio de árvores.


Certamente o resultado da má execução de mais essa empreitada pública será o desperdício de dinheiro público, o que já pôde ser observado quando os funcionários que trabalhavam na obra tiveram que quebrar algumas lajotas já assentadas para a colocação do trilho que favorece o acesso de deficientes visuais. Ora, se já existia um projeto que previa a colocação do trilho para deficientes visuais, é inadmíssivel que erros desse tipo aconteçam. Estamos perdendo uma grande oportunidade de realizar uma obra que dure por muitos anos, o que demonstra que na política atual, o importante é a perpetuação da necessidade de novas obras como meio de propostas eleitoreiras. A obra mal feita de hoje, é uma proposta de realização para a campanha eleitoral de amanhã.

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Primo rico. Primo pobre.

Todos nós sabemos que alguns municípios dos entornos do Lago de Itaipu se tornaram grandes arrecadadores de Royalties pagos pela Itaipu Binacional na proporção da extensão territorial ocupada pelas águas. Não é novidade que Medianeira teve a infelicidade (dependendo do ponto de vista) de ser um dos municípios com menor área alagada e, portanto, com uma das mais inexpressivas arrecadações de royalties.

Em contraponto, o município de Itaipulândia tem esbanjado sua arrecadação de causar inveja a qualquer cidade e, como resultado disso, tem feito investimentos altíssimos em infra-estrutura. Mas, é no período que antecede o Natal quando tal posição avantajada de Itaipulândia se torna mais evidente: é quando entra em cena o Natal Dourado Iluminado.

O pequeno centro da cidade é inteiramente decorado com luzes e enfeites natalinos, num show de criatividade e beleza. A decoração mais intensa fica situada na praça principal ao lado do Paço Municipal, e segue pela Linha Caramuru até a imagem de Nossa Senhora Aparecida, onde podemos nos deliciar com uma vislumbrante vista do Lago de Itaipu e da cidade de Itaipulândia.

Enquanto isso, em Medianeira, há alguns anos vinha se desenvolvendo, leia-se insistindo, na idéia do "Natal Ecológico", que de todo, agradava a população e envolvia grande número de munícipes na arrecadação de garrafas pet.

Mas, o primo pobre que orgulha-se em ser um "pólo regional" acabou desistindo do projeto do Natal das garrafas de plástico e optou pelo Natal mais ecológico do planeta: nenhum mísero Kw gasto com lâmpadas natalinas, nada de enfeites poluíndo o visual da cidade, redução na proliferação de mosquitos da dengue devido acúmulo de água parada nas garrafas pet dos enfeites natalinos e menos emissão de carbono provocada pelos passeios automotivos que tinham a finalidade de observar a decoração.

Acabaram com o Natal em Medianeira! E então nos questionamos: as empresas de nossa cidade que não medem esforços em lotar os cartazes de bailes e festas com patrocínios, as empresas que não se cansam de colocar carros de som infernizantes dia após dia em nossas ruas anunciando suas promoções, essas mesmas empresas que lucram mais do que o dobro no período de final de ano, estas não poderiam promover um Natal digno de uma cidade "pólo"?

E a administração municipal, com todo o inchaço em cargos comissionados, aliada à Câmara Municipal marcada pelo nepotismo, não poderia destinar uma parte de seu orçamento para a promoção do município nos festejos natalinos?

Enquanto nos contentamos em assistir ao Natal Dourado Iluminado, permitimos que nossa cidade continue em seu rumo de ostracismo e passividade, mantendo a unhas e dentes o seu papel coadjuvante no cenário regional.

Quem somos

Este blog surge com o propósito de dar destaque aos principais fatos da cidade de Medianeira, situada no Oeste do Estado do Paraná. Além de colocar em evidência os acontecimentos sociais, abordaremos de uma forma crítica e objetiva assuntos que normalmente são evitados pelos meios de imprensa de nossa cidade.

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