O Município de São Miguel do Iguaçu é mais um adepto do clube dos "já que o Estado não nos dá segurança, bancamos nós mesmos". A administração local cumpriu com o que havia anunciado e implantou a Guarda Municipal.De acordo com a Constituição Federal, a Guarda Municipal tem por atribuição o zelo ao patrimônio e aos serviços da administração municipal. Entretanto, a exemplo do que vem ocorrendo em Foz do Iguaçu, a finalidade da criação da Guarda Municipal não é nem de perto aquela prevista no texto constitucional.
É do conhecimento de todos que em SMI a insegurança tomou conta da população. A ocorrência de roubos e furtos cresceu de forma vertiginosa. Aliado ao fato do município estar próximo da fronteira com o Paraguai, e de diversas rotas de fuga pelo Lago de Itaipu, a Polícia Militar enfrenta grave problema de falta de contingente.
Apenas para se ter uma idéia, a PM conta com o escalonamento de apenas uma equipe para fazer o policiamento ostensivo, e de apenas um policial para prestar o atendimento no destacamento. Desta forma, é mais do que óbvio que aos policiais não é dada a mínima chance de conter o crescente número de atos delituosos.
Não bastasse a falta de policiais, os mesmos por inúmeras vezes são destacados para acompanhar presos em suas audiências no Fórum local, ficando impossibilitados de realizar rondas ou de atender ocorrências.
Tamanha deficiência em um serviço que é obrigação do Estado em prover a população, uma vez que cabe à Polícia Militar a repressão à violência, faz com que os recursos dos munícipes seja desviado de finalidades essenciais da Administração Pública Municipal, como o ensino infantil e fundamental, para atender uma área abandonada pelo Governo do Estado do Paraná.
